Nesta terça-feira (06), as Forças de Segurança Pública de São Paulo deflagraram a Operação Salus et Dignitas na Cracolândia, situada na capital paulista e conhecida pelo intenso movimento de tráfico e consumo de drogas. Ao todo, a ação pretende cumprir 117 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão três guardas-civis metropolitanos e um ex-agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), suspeitos de integrarem uma milícia.
Além dos guardas civis, a operação também visa prender dois traficantes de drogas investigados por venda de armas. Um funcionário de uma empresa de comunicação também é procurado pelas Forças de Segurança por vender aparelhos que reproduziam conversas de policiais para alertar os criminosos.
Segundo a investigação, a milícia, supostamente formada pelos agentes e ex-agente da GCM, tem atuado extorquindo dinheiro de comerciantes na região da Cracolândia em troca de proteção. Até o momento, cinco dos envolvidos acusados de participarem desse esquema já foram presos.
São eles: Leonardo Moja, um dos chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC); Janaína da Conceição Cerqueira Xavier, suspeita de traficar drogas; Antonio Carlos Amorim Oliveira e Renata Oliva de Freitas Scorsafava, ambos guardas civis suspeitos de participarem do esquema de extorsão; e Valdecy Messias, o funcionário da empresa de comunicação suspeito de vender aparelhos que acessavam a frequência de rádios dos policiais.
Durante a Operação Salus et Dignitas, outros cinco também foram presos, sendo três prisões em flagrantes e duas para averiguação por suspeitas criminais. Além disso, a Justiça também expediu 46 mandados de sequestro e bloqueio de bens e suspensão de atividade econômica em 44 prédios comerciais.
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