O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) inocentou o influenciador digital Lucas Pavanato, pré-candidato pelo Partido Liberal (PL) ao cargo de vereador em São Paulo, da acusação de “violência de gênero” contra a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB). O juiz eleitoral Paulo Eduardo de Almeia Sorci foi quem preferiu a decisão nesta terça-feira, 18.
O processo aberto por D’ávila contra o influenciador remonta a 2022. Em abril daquele ano, durante um evento de debate sobre o tema “violência política de gênero” na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Pavanato gravou um vídeo em que questionava a ex-deputada gaúcha. No evento, Manuela lançou o livro intitulado Sempre Foi Sobre Nós.
No vídeo, o influenciador chegou a questionar “se uma mulher pobre conseguiria comprar o livro, que custava R$ 40”. Pavanato também fez perguntas relacionadas ao aborto. Os questionamentos incomodaram a ex-deputada, que o chamou de “cocozinho”. Após o episódio, a ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, denunciou Pavanato. Em 2023, o TRE-SP o tornou ré no caso. Conforme a denúncia, o influenciador teria constrangido as mulheres que estavam presentes no lançamento do livro.
No X (antigo Twitter), Pavanato, após saber da decisão da Justiça, escreveu: “A Manuela D’Ávila me chamou de ‘cocozinho’ por perguntar o preço do livro dela e eu fui quem virou réu na Justiça”.
Em sua defesa, o influencer alegou que não houve intenção de menosprezar as mulheres presentes no evento. Ao julgar o caso, o juiz Sorci entendeu que não houve crime de violência de gênero, inocentando Pavanato.
Com informações do repórter Rafael Rocha
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