Renato Rodrigues
João Basso foi apresentado no Santos FC e chegou de uma maneira diferente das outras contratações nas últimas janelas do clube. Apesar de ser uma marca conhecida em todo o mundo do futebol, os anos do Santos não são os melhores e a instituição passa por momentos de enfraquecimento devido a diversas batalhas contra o rebaixamento.
Basso, em suas primeiras palavras enquanto jogador do Santos, demonstrou que conhece o clube de verdade. Pelo menos no discurso.
O destaque começa pela escolha do número 2 para sua camisa. Na história santista, em épocas de numeração fixa, um zagueiro trazer o número 2 as costas é, também, um resgate histórico. “Eu sei da tradição da camisa aqui no Santos, sei que é um número que os zagueiros aqui do Santos usam e durante muito tempo essa camisa conciliou com centrais que tiveram sucesso no clube. Espero que essa minha passagem aqui, junto ao número 2 seja uma passagem de sucesso”, disse Basso em sua apresentação.
Essa mudança começou na década de 60, período do Ataque dos sonhos formado por Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Naquele período, o técnico Lula postava sua equipe em um esquema 3-2-5 e, em 1967 já com Antoninho no comando técnico, o esquema sofreu uma nova variação, indo para um 4-2-4. É aqui que tudo muda.
Antes, os defensores na linha de três usavam a numeração 2, 3 e 4, enquanto os meio-campistas jogavam com a 5 e a 6. Com a descida de mais dois atletas para formar a linha defensiva, as camisa de número 3 e 4 passaram a pertencer aos laterais, enquanto 2 e 6 viraram os zagueiros, com o número 5 e 8 ocupando o meio-campo santista.
No Peixe a camisa até então era vestida por Luiz Felipe, que não figurava entre os titulares já há algum tempo. Agora, emprestado para o Atlético-GO, o número que já pertenceu a Ramos Delgado pode voltar aos gramados mais rápido do que se imagina
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