Após os jogadores do Santos, Ângelo Gabriel e Joaquim, denunciarem mais um caso de racismo em competições da Conmebol, a entidade instaurou um processo disciplinar para investigar o caso, denunciado pelos próprios atletas, ainda no estádio.
O processo foi aberto pela entidade logo após a conclusão do relatório do delegado da partida, que foi entregue aos responsáveis ainda na madrugada desta quinta-feira (25), de acordo com informações fornecidas por Lívia Camillo.
Agora, a Conmebol dará início às investigações, que podem ter duração de até 21 dias. Ambos os clubes serão ouvidos, e as imagens das câmeras de segurança do estádio El Teniente, em Rancagua, serão averiguadas pela entidade.
O caso
Santos e Audax Italiano jogaram pela Copa Sul-Americana na noite de quarta-feira (24), no estádio El Teniente. A partida, repleta de provocações em campo, resultou na expulsão do zagueiro Joaquim quando o Santos vencia os chilenos por 1 a 0, o que custou o empate nos últimos instantes do 1º tempo. A virada da equipe da casa veio na segunda etapa, e ao ser substituído por Wesley Patati, o camisa 11 santista relatou que foi chamado de macaco por torcedores do Audax, que também fizeram gestos em direção ao atacante. O Santos FC emitiu uma nota, assim como os dirigentes santistas e o técnico Odair Hellmann, repudiaram o caso, relatado ainda no estádio. A Conmebol não se pronunciou sobre o assunto de maneira oficial até a publicação desta matéria.
“Sai na mídia, todo mundo repudia, todo mundo comunica, e é incrível como as pessoas não amadurecem, não aprendem. Basta de racismo. É algo que machuca muito a gente, e espero que a punição seja feita”, disse Ângelo ao De Olho no Peixe, ainda no Chile.
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