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Taboão da Serra - São Paulo

Guedes diz que reforma pode render economia de R$ 1,3 trilhão

“Estamos estudando os números e eles variam de R$ 700 bilhões ou R$ 800 bilhões a R$ 1,3 trilhão, então é uma reforma significativa", disse.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 23, que a proposta de reforma da Previdência que está sendo estruturada pelo governo pode render uma economia de R$ 700 bilhões a R$ 1,3 trilhão em dez anos, podendo chegar a dois terços a mais do que o esforço do governo anterior, que falhou.

Em entrevista à Reuters durante o Fórum Econômico Mundial na estação de esqui suíça de Davos, Guedes ressaltou a dimensão de uma reforma previdenciária que investidores consideram a pedra fundamental da agenda econômica do presidente Jair Bolsonaro.


  • Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoPaulo Guedes Paulo Guedes

“Estamos estudando os números e eles variam de R$ 700 bilhões ou R$ 800 bilhões a R$ 1,3 trilhão, então é uma reforma significativa e nos dará um importante ajuste estrutural fiscal”, disse Guedes.

“Isso terá um poderoso efeito fiscal e vai resolver por 15, 20, 30 anos”, disse ele, que acrescentou mais tarde: “É isso ou seguimos (o caminho da) Grécia”.

Os investidores saudaram as promessas de Bolsonaro de abrir a economia brasileira, reduzir e simplificar os impostos e privatizar estatais.

A proposta de reforma do governo anterior, de Michel Temer, originalmente previa economia de R$ 800 bilhões em 10 anos antes de parlamentares fazerem emendas que reduziram a economia estimada a R$ 480 bilhões. A proposta foi abandonada conforme escândalos atingiram o governo Temer.

Sobre o Imposto de Renda cobrado das empresas, Guedes disse que o governo analisa reduzir a alíquota de 34% para 15%. Esse corte “brutal” seria compensado pela taxação de dividendos, hoje isentos, pontuou Guedes. Segundo ele, essa mudança aumentará a competitividade.

Guedes disse ainda que o governo pretende reduzir a carga tributária do Brasil para 30% do Produto Interno Bruto (PIB), de 36% atualmente. O ministro sinalizou também que o governo considera extinguir 50 estatais num prazo de 3 a 5 meses.

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