O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na noite desta quinta-feira, 29, que o governo federal vai distribuir 16,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 nos próximos seis dias. O anúncio foi feito em discurso na recepção da carga de 1 milhão de doses da vacina da Pfizer, que será enviada para as capitais brasileiras a partir desta sexta-feira, 30.
Queiroga não explicou qual o quantitativo de distribuição das outras duas vacinas utilizadas no País, o imunizante Coronavac, do Instituto Butantan, e a vacina do laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O anúncio ocorre em um momento em que cidades de diferentes Estados tiveram de interromper a aplicação por falta de doses.
Tudo pronto para a chegada da vacina #Covid19 da Pfizer no aeroporto de Viracopos. Os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, das Comunicações, Fábio Faria, e das Relações Exteriores, Carlos França, e o Zé Gotinha acompanham chegada. #PatriaVacinada pic.twitter.com/90bENSkHCJ
— Ministério da Saúde (@minsaude) April 29, 2021
O ministro também exaltou a capacidade de vacinação vista no Brasil, citando o dado de que o País é o quinto que mais aplicou doses contra a covid-19, atrás de Estados Unidos, Índia, China e Reino Unido.
Sobre as 16,8 milhões de doses, Queiroga destacou que o número equivale ou supera a população de países como Portugal, Grécia e Israel. “Tudo isso é possível graças à força do Programa Nacional de Imunização. Negacionismo é querer negar o óbvio: vacinamos a nossa população com eficiência sem precedentes. Temos capacidade para vacinar 2,4 milhões de pessoas todos os dias”, disse na pista de pouso de Viracopos.
Apesar de dispor dessa capacidade, o número máximo ainda não foi atingido na atual campanha de vacinação. Nas últimas 24 horas, por exemplo, as cidades aplicaram 977 mil vacinas, entre primeira e segunda dose.
“O governo tem o compromisso de levar imunizantes seguros, eficazes e efetivos, e aprovados pelas nossas autoridades sanitárias. É assim que vamos angariar a confiança da sociedade brasileira”, comentou o ministro da Saúde. O acordo com a Pfizer prevê 100 milhões de doses e foi fechado neste ano após entraves do governo na negociação no ano passado, quando 70 milhões de doses foram oferecidas. Nesta semana, a Anvisa negou o pedido de Estados para importar a vacina russa Sputnik V.
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