O governo de São Paulo anunciou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 28, que começa a produzir ainda hoje o primeiro lote de 1 milhão de doses da Butanvac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan. De acordo com o governador João Doria (PSDB), a expectativa é que 18 milhões de doses estejam disponíveis ainda na primeira quinzena de junho e prontas para a distribuição, a depender do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para os testes com o imunizante.
Dimas Covas, presidente do Butantan, afirmou que a capacidade de produção pode chegar a até 40 milhões de doses da Butanvac no segundo semestre deste ano, além das outras 18 milhões previstas para até 15 de junho. "Não dependemos em nada de importação e de licenciamento. Somos totalmente independentes. Poderemos atender o Brasil e até parte do mundo", declarou.
Na terça-feira, a Anvisa solicitou ao Instituto Butantan dados adicionais para avaliar a aprovação da Butanvac. Em nota, o Butantan disse que "manterá contato com o órgão regulador para viabilizar os esclarecimentos necessários ao seguimento do processo de autorização dos estudos clínicos de fases 1 e 2 da Butanvac".
Durante a coletiva desta tarde, Doria pediu "senso de urgência" à agência reguladora. "Menos burocracia e mais solidariedade", pediu o governador, afirmando que a produção da vacina pode chegar a até 100 milhões de doses até o fim do ano, a depender do aval para os testes.
O Butantan também antecipou para a próxima sexta-feira, 30, a entrega do lote de 600 mil doses da Coronavac, prevista inicialmente para 3 de maio. Covas afirmou ter pedido à Sinovac, laboratório chinês responsável pelo envio do IFA, que aumentasse o volume do próximo carregamento de três para seis mil litros.
Fase de transição
O governo de São Paulo anunciou a prorrogação da "fase de transição" do Plano SP, entre a vermelha e a laranja, por mais uma semana, até o próximo dia 9. A partir do sábado, 1º, o horário de atendimento para serviço e comércio também será ampliado, com permissão de funcionamento das 6h às 20h.
No último fim de semana, São Paulo flexibilizou ainda mais as aberturas da fase de transição, permitindo o atendimento presencial em bares e restaurantes, além da visita a parques públicos. Como o Estadão mostrou, a medida gerou uma variação entre o baixo movimento nos dias úteis e o desrespeito às medidas sanitárias no domingo.
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