A farmacêutica britânica AstraZeneca informou na madrugada desta quinta-feira, 23, que a sua vacina contra a covid-19 se mostrou eficaz na prevenção a infecções pela variante Ômicron do coronavírus após a aplicação de uma terceira dose, com resultados similares aos testes conduzidas com a cepa Delta após um regime de duas doses.
Os testes clínicos com a Ômicron foram conduzidos pela Universidade de Oxford (Reino Unido), parceira da AstraZeneca, e realizados em 41 voluntários. Mostraram, diz a nota da empresa, crescimento "significativo" na taxa de imunização pelo produto com a dose de reforço aplicada.
Mais contagiosa, a Ômicron foi identificada na África do Sul e se espalha rapidamente pela Europa e pelos Estados Unidos. Cientistas ainda tentam definir se a nova cepa desencadeia sintomas menos agressivos e se escapa da proteção oferecida pelos imunizantes.
Conforme esse novo estudo relatado pela AstraZeneca, o nível de proteção conferido aos indivíduos se mostrou robusto até um mês após a vacinação. Os dados não foram publicados em revista científica nem revisados pelos pares.
Estudos anteriores, conduzidos por pesquisadores independentes, já haviam mostrado queda significativa na quantidade de anticorpos gerados pela vacina da AstraZeneca e também da Pfizer diante da Ômicron.
Isso levou especialistas a defenderem a importância da avaliação da eficácia das injeções de reforço.
A farmacêutica acrescenta que está coletando evidência "do mundo real" para avaliar a eficácia da sua vacina contra a Ômicron na região sul da África. Também coleta amostras sanguíneas de voluntários de seus testes de fases 2 e 3 para avaliar a proteção do imunizante quando aplicada uma terceira dose. "Os dados desses estudos são esperados em breve", segundo a empresa anglo-sueca.
Às 5h24 (horário de Brasília), a ação da AstraZeneca subia 0,27% na bolsa de Londres.
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