Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos concluiu que o uso de máscaras pela população colabora para que, caso infectadas, as pessoas tenham a forma branda ou assintomática da covid-19.
Isso ocorre porque, com a peça, o indivíduo fica exposto a uma carga viral menor, o que levaria a sintomas mais leves ou à ausência deles.
Publicado no Journal of Internal Medicine na semana passada, o estudo foi feito por três cientistas, da Universidade da Califórnia e da Universidade Johns Hopkins.
Para eles, as evidências apontam "por que o uso universal de máscaras durante a pandemia da covid-19 deve ser um dos pilares mais importantes no controle da doença".
A pesquisa aponta exemplos do crescimento de casos assintomáticos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) frente ao uso de máscaras pela população. Também se baseia na correlação de quantidade inoculada de vírus e gravidade da doença.
Segundo o estudo, experimentos que demonstram que quanto maior a carga viral a qual o objeto é submetido, pior a infecção, têm sido documentados há quase um século.
Os cientistas também indicam que, embora os casos assintomáticos possam ser prejudiciais porque colaboram para disseminação do vírus, eles podem trazer benefícios ao aumentar a taxa da população que desenvolve anticorpos.
"Expor a sociedade ao Sars-CoV-2 sem as consequências graves por meio do uso público de máscaras pode levar a uma maior imunidade na comunidade e a uma disseminação mais lenta", aponta a pesquisa.
Desde junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a população em geral utilize máscaras, após ficar claro que indivíduos infectados poderiam transmitir o vírus antes de manifestar os sintomas ou sem eles.
A entidade aponta a medida como uma das ferramentas essenciais a serem utilizadas pelos cidadãos para suprimir a transmissão até que se tenha uma vacina, juntamente com distanciamento social e higienização constante das mãos.
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