O jornalista Marcos Paulo Ribeiro de Morais, mais conhecido como Marcão do Povo, usou as suas redes sociais para pedir desculpas após afirmar no telejornal Primeiro Impacto, do dia 7 de abril, que é exibido no SBT, que os infectados pelo novo coronavírus deveriam ir para um “campo de concentração”.
As declarações de Marcão do Povo pegaram tão mal que ele foi afastado por 15 dias do telejornal Primeiro Impacto e ainda foi alvo dos próprios colegas da emissora que divulgaram uma carta pedindo que ele não retorne ao cargo. Em nota de esclarecimento divulgada na segunda-feira (13), o jornalista afirmou que o que aconteceu foi um mal-entendido e que na verdade quis falar sobre um “hospital de campanha”.
- Foto: Divulgação/InstagramMarcão do Povo
Na nota de esclarecimento divulgada em suas redes sociais, o jornalista disse que “a ideia apresentada consistia na junção de pessoas infectadas para serem tratadas em um mesmo local, com atendimento digno e eficiente, evitando assim, a criação de vários pontos de atendimento específico em nosso pais, e certamente com custo bastante elevado para a montagem de cada estrutura individual”.
Marcão do Povo afirmou que se expressou mal. “Como vocês bem sabem, programa de televisão transmitido ao vivo e está sujeito a erros e palavras mal colocadas, onde peço minhas sinceras desculpas pelo uso indevido da palavra ‘centro de concentração’, posto que na verdade queria me referir a palavra ‘hospital de campanha’. Vejam que em todo o teor da minha mensagem, eu jamais quis me referir a práticas nazistas, ou mesmo hostilizar pessoas doentes, foi apenas uma palavra mal colocada que trouxe grande repercussão negativa”, afirmou.
Carta
Segundo o Uol, logo após ser afastado do programa, um grupo de jornalistas do SBT encaminhou uma carta à direção da emissora, na última sexta-feira (10), pedindo a demissão do apresentador. “A necessidade de manter a população em casa é, segundo todas as autoridades de saúde, a única medida a ser tomada para diminuir o número de mortos. Um apresentador, que tem o privilégio de ser ouvido por todo país, não pode sugerir qualquer orientação contrária a seus telespectadores. É um desrespeito à vida dos que nos assistem e confiam na credibilidade desta emissora”, disse a carta.
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