A China iniciou testes clínicos em humanos de duas possíveis vacinas contra o novo coronavírus, informou a imprensa local nesta terça-feira, 14.
O primeiro imunizante, que obteve a licença para ser utilizado em ensaios clínicos no último domingo, foi desenvolvido pelo Instituto de Virologia de Wuhan - cidade onde foram detectados os primeiros casos da doença - em conjunto com filial da empresa Sinopharm na mesma cidade.
O segundo é o resultado do trabalho conjunto de várias empresas, liderado pela Sinovac Research & Development. Esta empresa é uma subsidiária da Sinovac Biotech, que também trabalhou em uma vacina contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2003.
O projeto da Sinopharm - que conta com o apoio financeiro do Ministério da Ciência e Tecnologia da China - testará a vacina em 1.396 voluntários recrutados na província de Henan em suas duas primeiras fases, que devem durar até 10 de novembro de 2021.
Em meados de março, as autoridades chinesas aprovaram o início de ensaios clínicos para outro imunizante contra o coronavírus, desenvolvido pela Academia Militar de Ciências.
Terceiro dia sem mortos
A Comissão Nacional de Saúde informou, na segunda-feira, 13, que não houve novas mortes por covid-19 na China, dia em que foram detectados 86 casos do coronavírus em pessoas vindas do exterior, os chamados "importados". É o terceiro dia desde janeiro em que as autoridades sanitárias garantem que não houve óbitos pela doença. O mesmo havia acontecido há uma semana e no último sábado.
No relatório diário, a comissão afirma que, até a meia-noite desta terça, 14, (13h de segunda em Brasília), houve 89 novas notificações, 86 "importadas" e três locais, todas na província do Cantão.
Segundo o documento, o número de pacientes curados e com alta foi de 75 nas últimas 24 horas. O total de casos ativos aumentou para 1.170, com 116 pacientes em estado grave. Desde o início da pandemia, 82.249 infecções pelo vírus foram diagnosticadas na China, com 3.341 mortes e, por enquanto, 77.738 pessoas curadas.
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