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Saúde

Witzel pede que população do RJ só saia de casa para o que for 'necessário'

O governador afirmou que, se o apelo não for atendido, a previsão é de que até o fim do mês o Rio de Janeiro tenha mais de 20 mil casos da doença.
Por Estadão Conteúdo

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fez um apelo dramático à população do Estado para evitar a disseminação do novo coronavírus.

“A situação é grave e vai ficar gravíssima; só saiam de casa para fazer o que for extremamente necessário”, afirmou ele, em entrevista por telefone, ao vivo, para a TV Globo, acrescentando que se trata de “um esforço de guerra”.


“Pelo amor de Deus, pelo amor que vocês têm aos seus pais e seus avós, o momento é de união, de estarmos conscientes, não vai dar para evitar a propagação do vírus, mas a velocidade dessa propagação vai depender da conscientização da população.”

Witzel afirmou que se o apelo não for atendido, a previsão é de que até o fim do mês o estado tenha mais de 20 mil casos da doença — com pelo menos 500 precisando de internação.

“Não teremos capacidade de interná-los”, disse. “Não temos capacidade hoje de internar mais nenhum doente. Precisamos conter a velocidade da propagação do vírus.”

O governador afirmou que está trabalhando na reativação de dois hospitais que estavam fechados, para que tenha mais 300 leitos de UTI em 30 dias e outros 300 em 60 dias.

Witzel pediu à população que evite aglomerações, como as que foram vistas durante o fim de semana nas praias e em bares. Ele afirmou, no entanto, que não pretende ter que interditar as praias.

“Quero apelar ao coração de cada um”, disse. “Não vamos ter que usar a força, acredito que o povo terá consciência de que vão ser os vetores do vírus, vão levar o vírus aos mais debilitados; precisamos ser responsáveis. Sei que as praias são importantes para os cariocas, mas neste momento ela será mais rápida de levar o vírus para dentro de casa."

O governador contou que esteve reunido com empresários por toda a manhã e pediu a colaboração de todos no sentido de instituir o trabalho por turnos para quem não pode fazer home office com o objetivo de reduzir o número de pessoas nos transportes públicos.

Ele fez um apelo também a bares e restaurantes para que funcionem apenas para entregas em domicílio.

“Eu peço aos empresários que tenham a consciência de que precisam fechar academias, fechar os restaurantes. Precisamos fazer o que está sendo feito em outros países no caso de bares e restaurantes, funcionar apenas para delivery”, pediu o governador. “Itália e Espanha não tomaram essas medidas e o vírus se propagou rapidamente, temos que ter essa consciência e não errar.”

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