O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), avalia suspender as sessões da Casa se houver casos confirmados de coronavírus entre parlamentares e servidores do Congresso. Por enquanto, não há registros. Alcolumbre fará um exame nesta quinta-feira, 12, para o Covid-19.
Alcolumbre decidiu a fazer o teste preventivamente após ter contato com integrantes da comitiva presidencial nos Estados Unidos. O secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, que fez parte do grupo, teve a doença confirmada, conforme revelou o Estado.
Os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Jorginho Mello (PL-SC) estiveram na mesma comitiva e aguardam resultado de exames. A Comissão de Relações Exteriores do Senado, a qual Trad preside, cancelou a sessão que faria nesta quinta-feira. Jorginho Mello, por sua vez, presidiu por duas horas e meia uma audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o acidente aéreo com a Chapecoense.
Até o momento, Alcolumbre havia descartado cancelar sessões e votações. Ele também preside o Congresso Nacional, que poderia ter uma sessão de deputados e senadores na próxima semana para analisar vetos presidenciais e os projetos que entregam uma fatia de R$ 15 bilhões em emendas parlamentares para controle dos congressistas.
Nesta quinta, o presidente do Senado viajou a Manaus para uma agenda com o governador do Amazonas, Wilson Lima, às 14h30, onde foi discutida a reforma tributária. Outros 16 parlamentares fizeram parte da comitiva. Além de Alcolumbre, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) também decidiu fazer o teste após ter contato com Nelsinho Trad.
Diante do avanço do novo coronavírus no mundo e da confirmação de 76 casos no País, a agenda do Congresso segue oficialmente, mas com incertezas nos bastidores sobre os próximos dias. Os presidente da Câmara e do Senado assinaram atos para restringir a circulação de pessoas nas casas legislativas, determinar quarentena para parlamentares e servidores com suspeitas da doença e proibir a realização de sessões solenes.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) encaminhou um pedido aos presidentes da Câmara e do Senado pela parada total dos trabalhos por 15 dias como medida preventiva após a confirmação da infecção do chefe da Secom, que dividiu a comitiva com parlamentares.
“Só a título de sugestão acho prudente baixar um ato suspendendo as sessões e eventos onde venham a ter aglomerações por 15 dias e reavaliar após esse tempo. Só ficariam os gabinetes funcionando e restringindo o acesso ao público nas dependências”, escreveu o senador na solicitação.
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