O número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus na China chegou a 42.638, de acordo com informações divulgadas pela autoridade chinesa em saúde. Somente nesta segunda-feira, 10, morreram 108 pessoas, elevando para 1.016 o número de vítimas da doença.
Esta segunda-feira foi o primeiro dia de trabalho dos chineses depois do feriado de Ano Novo que foi prolongado por causa da epidemia, que começou a chamar a atenção no início do ano. A tentativa do governo foi conter a dispersão do vírus, mas sem muito sucesso. Em todo o país, o número de novos casos confirmados em 24 horas foi de 2.478, um pouco abaixo dos 3.073 casos identificados no domingo. O vírus já se espalhou a uma velocidade muito maior que o vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que causou um surto de pneumonia entre 2002 e 2003.
Segundo informe divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) também nesta segunda-feira, 10, mas com um pouco de atraso em relação ao horário chinês por causa do fuso horário, há outros 319 casos de contaminação com o vírus foram identificados em 24 países da Ásia, da Europa, da Oceania e da América do Norte, com uma morte. Em nenhum deles, até o momento, foi identificada a transmissão local da doença.
Durante uma reunião presidida pelo premiê Li Keqiang, grupo encarregado de combater o vírus disse que trabalharia para resolver a falta de matéria-prima e mão-de-obra e aumentar o fornecimento de máscaras e roupas de proteção. Eles disseram que quase 20.000 equipes médicas de todo o país já haviam sido enviadas para Wuhan, epicentro da epidemia, e mais equipes médicas também estavam a caminho.
Nesta segunda-feira, o presidente da China, Xi Jinping, apareceu em público pela primeira vez desde o início da epidemia, inspecionando trabalhadores da saúde em Pequim.
No Brasil, sete casos sob suspeita
No Brasil o vírus ainda não foi identificado. O Ministério da Saúde investiga sete casos suspeitos (três em São Paulo, e quatro em Minas, Rio, Paraná e Rio Grande do Sul), mas já foram descartados 32. Os 58 brasileiros que chegaram a Anápolis (GO) no domingo, vindos da China, não apresentaram nenhum sintoma que indique contaminação pelo vírus.
De acordo com o boletim do Ministério da Defesa, os hóspedes que estão na Ala 2 da Base Aérea de Anápolis “permanecem com o quadro assintomático”.
O grupo passou por avaliações clínicas de saúde, que incluem aferições de sinais vitais, como medição de temperatura, pressão e frequência cardíaca e exame de nasofaringe. São previstas três avaliações por dia. Vindos de Wuhan, eles não tinham apresentado nenhum sintoma lá. A quarentena tem caráter preventivo e eles poderão ser liberados depois de 18 dias sem sintomas.
O governo publicou nesta segunda-feira, 10, medida provisória que destina R$ 11,287 milhões ao Ministério da Defesa para aplicação em ações que tenham relação com o combate à epidemia mundial de coronavírus. Os recursos são destinados a medidas como a Operação Regresso, que resgatou 31 brasileiros que estavam na China expostos ao risco de contágio. O grupo chegou ao Brasil na madrugada deste domingo.
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