A Coordenação de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) encabeçou, na manhã desta sexta-feira (24), uma reunião para iniciar os trabalhos do Grupo de enfrentamento a sífilis no estado do Piauí. Participaram da reunião vários parceiros da Secretaria de Estado da Saúde que estão diretamente ligados ao enfrentamento da doença no estado. Os dados apresentados na reunião apontam que nos últimos 3 anos os números de sífilis no estado vem aumentando de maneira alarmante.
Em 2017, ano com o maior aumento na taxa de detecção de gestantes com sífilis, foram detectados 418 casos. Os levantamentos de 2018 ainda não foram finalizados, mas os números registrados já contabilizam 234 casos. A sífilis congênita seguiu o mesmo modelo, com elevação nas taxas de detecção nos últimos três anos. 2017 também foi o ano com maior taxa de detecção, registrando 412 casos.
Karinna Amorim, coordenadora de doenças transmissíveis da Sesapi, fala que a reunião ajudou a definir os primeiros passos do grupo de enfrentamento a doença. Primeiramente, foi determinada a realização de uma oficina de nivelamento e harmonização e construção do plano de enfrentamento a sífilis no mês de Junho, onde serão acumulados dados de diversos eixos através dos quais serão adquiridas informações que ajudarão a formar estratégias e soluções que possam ser aplicados dentro do estado, revertendo esse cenário.
“A situação do estado está preocupante mas com o empenho correto podemos mudar isso. Depois de compor o plano com os dados adquiridos nós vamos divulgá-lo amplamente na sociedade, tanto para gestores como para a comunidade. Além disso, o grupo técnico poderá monitorar e regular o plano de acordo com a realidade que o estado for apresentando”, descreve Karinna Amorim.
Entre as prioridades que o grupo já começou a discutir, está a questão de educar sobre a sífilis, focando em trabalhos de preparo de profissionais nas questões sobre diagnóstico, assistência e tratamento dos casos. “Vamos dar uma atenção especial nessa questão para o apoio de profissionais da área hospitalar e da atenção primária à saúde, priorizando o conhecimento e capacitando médicos e enfermeiros em uma atuação mais efetiva no combate a sífilis”, destaca a coordenadora de Doenças Transmissíveis da Sesapi.
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