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Saúde

Mais de 50% de fumantes em tratamento na FMS deixaram o vício

Esse número ultrapassa o índice considerado satisfatório e preconizado pelo Ministério da Saúde, que é da ordem de 30% durante um ano de duração do tratamento.

É de 52,5% o percentual de fumantes que abandonaram o vício depois que começaram a participar dos grupos de apoio do Programa de Tratamento do Tabagismo desenvolvido pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), da Prefeitura de Teresina. Esse número ultrapassa o índice considerado satisfatório e preconizado pelo Ministério da Saúde, que é da ordem de 30% durante um ano de duração do tratamento.

O programa vem sendo realizado desde o ano passado, inicialmente no Hospital do Parque Piauí, onde funciona um centro de tratamento contra o hábito de fumar, que conta atualmente com oito grupos e um total de 115 fumantes participando de sessões comandadas por equipe multipedagógica formada por médico clínico geral, psicopedagogo, nutricionista, assistente social e odontólogo.

Uma pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, aponta que Teresina, de um modo geral, também registra uma redução na prevalência de fumantes, de 15,5%, em 2009, para 13,3%, em 2010.

A coordenadora do Programa Municipal de Tratamento do Tabagismo, Meire Silva, afirma que as ações que vêm sendo desenvolvidas pela Prefeitura de Teresina, por meio da FMS, em parceria com o Comitê Estadual de Controle do Tabagismo e organizações não-governamentais, vêm contribuindo significativamente para a redução do número de fumantes na capital.

"A Fundação Municipal de Saúde contabiliza resultados positivos desde que implantou essa iniciativa, mantendo no Centro de Tratamento do Tabagismo, no Hospital do Parque Piauí, oito grupos de fumantes determinados a deixar o vício. Dessas 115 pessoas inscritas, de abril do ano passado até agora, mais de 50% deixaram definitivamente de fumar, o que consideramos uma conquista, porque, para o Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, o percentual de 30% já é considerado um sucesso", reitera.

Recuperar para Respirar - A dentista Patrícia Viana, da equipe técnica do Centro de Tratamento do Tabagismo, explica que a FMS ainda mantém o grupo "Recuperar para Respirar", que compreende cerca de 20% dos 48% de fumantes que não conseguiram deixar o cigarro no centro de tratamento durante o ano.

"O período estipulado pelo INCA para que o fumante abandone o cigarro é de apenas um mês após o início do tratamento. Se nesse período, o paciente não conseguir deixar o hábito de fumar, ele deve ser convidado a sair do seu grupo e esperar a formação de outro, mas a Fundação Municipal de Saúde resolveu criar um grupo paralelo, para onde esse fumante é levado para continuar o tratamento", explica Patrícia Viana. "Então, além dos 52,5% daqueles que abandonaram definitivamente o cigarro no tratamento, temos ainda mais 20% com potenciais condições de largarem o vício", ressalta a dentista.

A coordenadora do programa, Meire Silva, observa que, além do centro de tratamento, a FMS realiza uma série de atividades nos estabelecimentos de ensino, principalmente naqueles contemplados pelo Programa Saúde na Escola (PSE). "São atividades de conscientização entre os jovens, que também se tornam multiplicadores de informações acerca dos riscos decorrentes do hábito de fumar. Além disso, trabalhamos em ações para assegurar ambientes tanto públicos como particulares100% livres do fumo", conclui.
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