A mpox voltou a ser considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa condição é considerada o alerta de mais alto nível, e resultado dos casos de proliferação de uma nova variante, a clado 1B, muito mais mortal, na República Democrática do Congo e em outros países da África.

Considerada uma doença viral, a mpox pode ser transmitida entre animais e pessoas, especialmente através do contato com objetos ou seres que estejam infectados ou contaminados. Nesse caso, o contato direto com secreções na pele, e exposição a gotículas, saliva e secreções respiratórias são uma das formas de contaminação da doença.

Foto: Debora Ferreira Barreto Vieira/IOC/Fiocruz
Vírus MPXV, causador da doença mpox

O infectologista Julio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz, também alerta que a transmissão é mais comum por relações sexuais. Casos de infecções em pessoas imunossuprimidas também contribuem para o índice de mortalidade da doença. Ele explicou que na África, a preocupação também se dá por conta da infecção em crianças.

“No caso da África existe uma mortalidade maior, porque [a mpox] acomete também crianças, e tem uma transmissão domiciliar que não é vista no resto do mundo”, afirmou o infectologista.

Sintomas

Os primeiros sintomas da mpox podem indicar uma semelhança com a gripe, em que o paciente apresenta febre, dor de cabeça, dor no corpo, exaustão e calafrios. Entretanto, o vírus também apresenta sintomas na pele de pessoas infectadas, com lesões que se espalham por todo o corpo.

Tratamento e prevenção

Atualmente, existe uma vacina pré-exposição para a doença, mas é direcionada principalmente às pessoas do grupo de risco, como os imunossuprimidos, que podem desenvolver quadros graves da mpox. Uma vacina pós-exposição é disponibilizada para o público, e é aplicada em pessoas que tiveram contato com fluidos e secreções de alguém infectado ou com suspeita da doença.

Para evitar a doença, a solução está no uso de máscara, evitar lugares fechados e aglomerações e higiene frequente das mãos. Também deve se evitar o contato direto com pessoas contaminadas.