No aniversário de 115 anos de Cartola, o Fluminense honrou o eterno sambista da Mangueira com uma camisa em sua homenagem. O anúncio veio com uma vitrola tocando “Corra e olha o céu” e um violão sendo afinado por um senhor negro, com fartos óculos modelo aviador, que se levanta e se despede de sua esposa em frente a uma janela verde. Após uma volta pelo bairro, onde encontra amigos e vê o Sol trazer um bom dia.
As cores não poderiam ser outras senão o verde e o rosa, que tão bem representaram Cartola ao longo de sua vida: Estação Primeira de Mangueira. “Corra e olha o céu” também não é uma escolha aleatória e a letra do samba composto por Cartola e Dalmo Castello em 1974 percorre toda a camisa e foi baseada na caligrafia do bamba. Presidente do Flu, Mário Bittencourt falou sobre o desejo em homenagear o poeta.
“Essa é uma camisa carregada de força e significado. Reverenciamos a vida, obra, poesia e o legado de alguém que tem sua história entrelaçada à do clube que tanto amou”, reiterou Bittecourt.
Cartola nasceu no bairro do Catete, e permaneceu na zona sul do Rio de Janeiro até os 8 anos de idade, quando se mudou para as Laranjeiras e viu sua conexão com a equipe surgir. Só após longos anos é que o sambista se mudaria para o Morro da Mangueira e seria pedra angular de uma instituição sem precedentes para a cultura preta no Brasil.
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