Inclusão de Estados na reforma da Previdência vai para o Plenário

Em Brasília, para discutir a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, o governador Wellington Dias, ao que parece, não obteve êxito em seu propósito já que o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse no início da tarde desta terça-feira (2) que "talvez o melhor" seja deixar para o plenário da Câmara o debate o assunto.

A expectativa era de que a inclusão dos estados e municípios pudesse ocorrer no parecer de Moreira antes que ele fosse lido na tarde na comissão especial da reforma. No entanto, uma nova versão do parecer foi apresentado, com mudanças no texto, mantendo servidores de estados e municípios de fora da proposta.

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• Foto: Helio Alef/GP1Wellington Dias

“Talvez o melhor procedimento é que possa ocorrer no plenário [a inclusão de estados e municípios na reforma]. Não é ruim. É bem possível, e talvez até mais fácil que na comissão”, afirmou o relator.

Reunião

Nesta terça, Wellington Dias, outros governadores e líderes partidários participaram de uma reunião com o deputado Rodrigo Maia, na residência oficial da Câmara. Maia quer que as novas regras sejam estendidas para estados e municípios.

Os governadores no encontro eram: Wellington Dias (PT-PI); Renato Casagrande (PSB-ES), Camilo Santana (PT-CE), Renan Filho (MDB-AL), João Azevêdo (PSB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Além de Maia e Moreira, estiveram presentes o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); o líder da maioria Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO) e o líder do governo na Câmara, Major Vítor Hugo (GO).

Após sair da reunião, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), fez críticas aos governadores e os chamou de insensíveis. “Infelizmente, os governadores não tiveram ainda a sensibilidade necessária para perceber a importância do envolvimento de estados e municípios nessa reforma. Ao que tudo indica, teremos a leitura hoje [terça] do relatório, e a votação amanhã [quarta] sem a presença de estados e municípios”, afirmou o deputado.

Em resposta a Sampaio, Wellington disse que o texto inicial da reforma não tinha apoio dos governadores, mas que as retiradas das alterações no Benefício de Prestação Continuada e a aposentadoria rural tiraram o “peso dos mais pobres”.

“Tivemos inclusive um melhoramento no texto. A proposta, segundo o relator, contempla inclusive mais alguns eixos que são fundamentais para garantir num contrato de longo prazo a presença na Constituição. Tivemos também um entendimento em relação a um tratamento diferenciado para professores, mulheres, policiais”, declarou Dias.

Para Wellington, uma decisão deverá ser tomada. “Os líderes vão ter que tomar uma decisão. Aceitam ou não aceitam incluir estados e municípios junto com o União e setor privado na reforma”.

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