A bancada do Republicanos na Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de federação com o PP, do senador Ciro Nogueira, e o União Brasil, durante uma reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta, e o presidente da legenda, Marcos Pereira. A decisão foi tomada por ampla maioria, com 39 dos 40 deputados presentes votando contra a aliança. A proposta visava unir as três siglas em uma federação, formando a maior força política do Congresso, com 153 deputados e 17 senadores.
A negativa, no entanto, pontua para disputas internas e a falta de consenso sobre a liderança da coalizão, principalmente entre os caciques locais. A principal razão para a rejeição da proposta está nas disputas de poder entre as lideranças regionais dos três partidos. Em Pernambuco, por exemplo, os principais nomes do Republicanos, União Brasil e PP têm grande influência política, o que poderia gerar conflitos sobre quem dominaria a federação, especialmente em um cenário eleitoral.
![Senador Ciro Nogueira](/media/image_bank/2025/1/senador-ciro-nogueiranone_HpZwvvG.jpg.1200x0_q95_crop.webp)
Além disso, outros líderes do PP e do União Brasil ainda tentam convencer os deputados do Republicanos a reconsiderarem a proposta. O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o secretário-geral da sigla, ACM Neto, são favoráveis à federação, acreditando que ela poderia unir forças suficientes para se tornar a principal coalizão no Congresso.
No entanto, a resistência persiste, principalmente no âmbito estadual, onde líderes locais temem que os interesses divergentes das legendas possam prejudicar a articulação e a coordenação política.
A dificuldade de acomodar os interesses de três partidos grandes, com bases eleitorais semelhantes, é outro ponto que complica a formação da federação. No caso de estados como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, seria complicado decidir qual partido ficaria com a liderança da federação, o que torna a aliança inviável para muitos líderes do União Brasil.
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