O Progressistas, liderado pelo ex-ministro da Casa Civil e senador Ciro Nogueira, e o União Brasil estão em negociações avançadas para formar uma federação partidária, visando as eleições de 2026. Se confirmada, a federação União/PP se tornará a maior legenda na Câmara dos Deputados, com 109 deputados, superando o PL, que atualmente tem o maior número de cadeiras, com 96 congressistas.
A união das legendas está prevista para durar pelos próximos quatro anos. Diferentemente de uma coligação, a federação exige que os partidos permaneçam juntos por pelo menos duas eleições. No Senado, a bancada contaria com 13 membros, sendo a segunda maior na Casa, atrás apenas do PSD, partido do presidente Rodrigo Pacheco (MG), que conta com 16 senadores.
As negociações ganharam força com a participação do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, na convenção do União Brasil na última semana, que elegeu Antônio Rueda para o comando do partido. A nova diretoria do partido, que também inclui o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, estaria disposta a firmar o compromisso.
No entanto, a formação da federação pode enfrentar resistência da executiva do PP. Alguns membros influentes do partido não olham bem para uma eventual federação, temendo um possível “enfraquecimento” da sigla em caso de união com o União Brasil.
Além disso, o PP e o União Brasil também estão em negociações com o Republicanos. Se a federação se concretizar, terá protagonismo com oito governadores, incluindo o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). No entanto, membros da alta cúpula do Republicanos estão unidos para barrar a ideia, embora haja negociações com o PP, há ressalvas com uma federação com o União Brasil.
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