Topázio Figueiredo
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo) está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por conta de uma declaração feita na tribuna da Câmara dos Deputados. A informação foi confirmada pelo próprio deputado nessa terça-feira (15), que alegou ter sido intimado pela Polícia Federal (PF), para prestar depoimento.
Segundo Marcel van Hattem, a investigação foi instaurada após um discurso dele no dia 14 de agosto contra o delegado Fábio Shor, após ele o chamar de “abusador de autoridade”. Fábio Shor é o delegado responsável pelas investigações da PF em casos que estão sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
"Na sexta-feira, 3 de outubro, fui surpreendido pelos meus assessores ao dizerem que na caixa de entrada do meu e-mail parlamentar havia uma intimação da PF para prestar um depoimento sobre algo que eu nem sabia. No e-mail, constava apenas ofertas de datas estipuladas com alguns horários para a audiência, informando que seria me resguardado o silêncio. Só assim entendi que estava sendo investigado”, declarou Marcel van Hattem.
Fábio Shor é o delegado responsável no caso do ex-assessor da Presidência Filipe Martins, e do caso que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de ter se apropriado de presentes dados ao Estado brasileiro. Marcel van Hattem ainda revelou que o ministro Flávio Dino, que é relator do inquérito, afirmou que ele poderia estar cometendo “crime contra a honra”, ao chamar Fábio Shor de covarde e bandido.
“Ele – Flávio Dino – diz que eu poderia estar cometendo crime contra a honra ao chamar um covarde de covarde, um bandido de bandido. Porque é isso que um policial federal é ao atuar à margem da lei, como faz, sim, Fábio Alvarez Schor, que cria, sim, relatórios fraudulentos para, por exemplo, manter preso Filipe Martins, ilegalmente, sem fundamentação”, criticou o deputado.
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