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Política

Ciro Nogueira e senadores da oposição pedem suspeição de Moraes após caso Jordy

Os congressistas defendem que a atuação do ministro sobre o 8 de janeiro é totalmente parcial.

O senador Ciro Nogueira (Progressistas) e outros sete representantes da oposição no Congresso Nacional divulgaram nota em que criticam a operação contra o deputado federal Carlos Jordy (PL). Os congressistas pedem a suspeição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre as ações que envolvem as manifestações do 8 de janeiro.

Nessa quinta-feira (18), o deputado Carlos Jordy foi alvo da operação Lesa Pátria. Na ocasião, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF na casa e no gabinete do parlamentar.


Foto: Marcelo Cardoso/GP1Ciro Nogueira
Ciro Nogueira

Conforme a nota dos congressistas, a declaração de suspeição de Alexandre de Moraes segue aquilo que é defendido na Carta Magna. “A postura republicana esperada seria o próprio ministro tomar a iniciativa de se declarar suspeito para julgar os atos de 8 de janeiro, com a grandeza de quem, de fato, busca a pacificação do país e está disposto a virar essa lamentável página da história brasileira, cumprindo a lei e agindo na defesa da Constituição”, defendeu a nota.

Além de Ciro Nogueira, os senadores Rogério Marinho (PL), Flávio Bolsonaro (PL), Carlos Portinho (PL), Tereza Cristina (PP), Mecias de Jesus (Republicanos), Izalci Lucas (PSDB) e Eduardo Girão (Novo).

Parcialidade

A acusação de que Alexandre de Moraes estaria sendo parcial no julgamento e procedimentos que cerceiam as manifestações do 8 de janeiro, são baseadas no fato de que a livre distribuição dos processos não foi cumprida pela Corte Suprema. Segundo o balanço do gabinete do ministro, foram mais de 6.200 decisões referente às ações sobre a invasação ao Palácio do Planalto.

Segundo a oposição, Alexandre de Moraes não está apto a julgar os casos e nem adotar qualquer procedimento com imparcialidade, especialmente por ser considerado uma vítima dos atos extremistas, atestando a conotação de envolvimento pessoal do ministro sobre o caso. “Ele não tem imparcialidade para os processos dos atos do 8 de Janeiro, é supostamente vítima, investigador e julgador. Ele comenta e concede entrevistas sobre processos que estão sob julgamento e opina sobre fatos ainda não julgados”, defendem os senadores.

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