O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, na última sexta-feira, determinou o bloqueio do Telegram no Brasil. O magistrado, contudo, reverteu a decisão neste domingo, após a plataforma cumprir as exigências do despacho.
De acordo com Bolsonaro, a suspensão do aplicativo foi um "crime", e Alexandre de Moraes faz “perseguição implacável” contra ele. O presidente e o ministro, que será presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições, têm um histórico tenso.
“Sabemos da posição do Alexandre de Moraes. É uma perseguição implacável para cima de mim”, disse o presidente em entrevista à Jovem Pan, referindo-se à decisão sobre o Telegram. “Sabemos o que eles querem, o que alguns querem aqui no Brasil. Não são todos, nem é uma instituição. Querem eu fora de combate e o [ex-presidente] Lula, eleito".
Minutos após a entrevista, Bolsonaro chamou a decisão de Moraes de “crime” a jornalistas no Palácio da Alvorada. "Um crime, um ato lamentável que, em tempo, ele resolveu recuar. São milhões de pessoas que usam Telegram, você não pode prejudicar. Usam para fazer negócios”, declarou, sem citar o uso em massa da plataforma por apoiadores do governo para fins eleitorais.
O presidente ainda voltou a dizer que as Forças Armadas vão participar do processo eleitoral, o que garantiria lisura ao pleito. "Voto impresso não se discute mais", declarou. "Pelo que eu estou sabendo, o Braga Netto teria apresentado sugestões ao TSE para que se dissipasse a possibilidade de fraude", acrescentou. "A gente espera que não tenhamos surpresa por parte do TSE."
Festa
Bolsonaro completa 67 anos nesta segunda-feira, 21, e ganhou uma festa de aniversário organizada por apoiadores no “cercadinho” do Alvorada. “Eu sou a tia do zap. As tias do zap vão reeleger o presidente Bolsonaro”, afirmou uma senhora no local.
Os simpatizantes usavam verde e amarelo, traziam balões e um bolo de ameixa com abacaxi com a foto do presidente. Eles também cantaram “Parabéns a você”. “Parabéns, presidente Bolsonaro 22”, dizia um cartaz.
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