O economista Márcio Pochmann foi nomeado para integrar a equipe de transição no grupo de trabalho Planejamento, Orçamento e Gestão na quinta-feira (17). A participação de Pochmann nos trabalhos da mudança de governo foi anunciada no mesmo dia em que o ex-ministro Guido Mantega renunciou ao cargo que teria na transição de governo.
A mudança na composição do grupo está na edição extra do Diário Oficial da União (DOU) da última quinta-feira (17).
Em 2020, Pochmann fez uma postagem com críticas ao Pix nas redes sociais. “Com o Pix, BACEN concede +1 passo na via neocolonial a qual o Brasil já se encontra ao continuar seguindo o receituário neoliberal. Na sequência vem a abertura financeira escancarada com o real digital e a sua conversibilidade ao dólar. Condição perfeita ao protetorado dos EUA”, afirmou Pochmann no Twitter.
Com o Pix, BACEN concede +1 passo na via neocolonial a qual o Brasil já se encontra ao continuar seguindo o receituário neoliberal. Na sequência vem a abertura financeira escancarada com o real digital e a sua conversibilidade ao dólar. Condição perfeita ao protetorado dos EUA.
— Marcio Pochmann (@MarcioPochmann) October 13, 2020
Além de Pochmann, foram nomeados para o grupo de planejamento também Élvio Lima Gaspar, mestre em planejamento urbano, e Márcio Gimene, analista de planejamento e orçamento. Eles se somam a Enio Verri, deputado federal (PT-PR); Esther Dwek, economista e professora da UFRJ; Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia.
Quem é Márcio Pochmann?
Filiado ao PT, Pochmann foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 2007 e 2012, nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na sequência, presidiu a Fundação Perseu Abramo - entidade ligada ao partido - de 2012 a 2020.
Ele também foi secretário municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade de São Paulo entre 2001 e 2004. Desde 2020, ele é o diretor-presidente do Instituto Lula. Segundo informações da entidade, o mandato segue até 2023.
O economista é professor titular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desde 1989 e é autor de livros sobre economia, desenvolvimento e políticas públicas.
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