A Câmara dos Deputados e o Senado apresentaram pedido de reajuste dos salários dos parlamentares e servidores para 2023. As emendas foram protocoladas durante o feriado da Proclamação da República, no dia 15 de novembro, e preveem a reserva de R$ 570 milhões no orçamento do próximo ano para permitir os respectivos aumentos, que são de R$ 370 milhões para a Câmara e R$ 200 milhões para o Senado.
Se as emendas forem aprovadas, os salários de deputados federais e senadores subirão de R$ 33,7 mil para R$ 36,8 mil, ou seja, um aumento de mais de 9%.
A movimentação dos políticos para reajustar os próprios salários e dos servidores públicos começou ainda em agosto deste ano, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram, de forma unânime, uma proposta de aumento de 18% para seus integrantes, sendo todos os magistrados da Justiça Federal, causando um impacto de pelo menos R$ 4,6 bilhões e o salário dos ministros do STF passaria de R$ 39,3 mil para R$ 46,3 mil.
A sociedade recebeu a proposta com insatisfação por conta da crise econômica. Assim como o reajuste dos salários do Poder Judiciário, o Poder Legislativo também precisa ser autorizado pelo Congresso, através da aprovação do Orçamento para 2023.
As emendas para aumentar os salários de deputados e senadores foram apresentadas depois de reuniões feitas pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com as Mesas Diretoras das duas Casas. O argumento para a correção dos valores é de que há recursos no caixa e que o Legislativo o último ajuste foi dado em 2014.
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