O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial. Em anúncio nas redes sociais nesta quarta-feira, 5, o tucano afirmou que vota “por uma história de luta pela democracia e inclusão social”. Já o ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu o governo após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), decidiu aderir à campanha de Jair Bolsonaro (PL) pouco após a cúpula do MDB liberar seus diretórios regionais e filiados a apoiar quem quisessem na etapa decisiva da eleição presidencial.
A publicação de FHC, presidente de honra do PSDB, é acompanhada de duas fotos do tucano com o petista, uma antiga e uma atual.
Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social.
— Fernando Henrique Cardoso (@FHC) October 5, 2022
Voto em Luiz Inácio Lula da Silva. pic.twitter.com/xgs6citdJv
A declaração de Fernando Henrique Cardoso ocorre um dia após o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anunciar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O acordo foi mal recebido pelo partido e criticado por tucanos históricos, como Aloysio Nunes. A legenda liberou os diretórios estaduais para apoiarem qualquer um dos candidatos à sucessão presidencial.
Lula agradeceu rapidamente FHC, também pelas redes sociais. “Obrigado pelo apoio, FHC. Vamos juntos pela democracia. Um grande abraço!”, escreveu. Em seguida, compartilhou a publicação do tucano e agradeceu pelo “voto e confiança”. “O Brasil precisa de diálogo e de paz”, disse.
A manifestação do ex-presidente é uma “trégua” da rivalidade histórica entre PT e PSDB. Antes de Jair Bolsonaro (PL), ambos os partidos protagonizavam a polarização política no País. Lula disputou eleições contra FHC em 1994 e 1998. Depois, o petista disputou contra os tucanos José Serra, em 2002, e Geraldo Alckmin, seu atual candidato a vice, em 2006. Em seguida, a ex-presidente Dilma Rousseff foi a segundo turno contra José Serra, em 2010, e Aécio Neves, em 2014.
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