A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (11), a Operação Edema contra o governador do estado de Alagoas e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB), acusado de esquema de rachadinha com a Assembleia Legislativa que desviou R$ 54 milhões.
O objetivo é cumprir 31 mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa, sede do governo, na residência do governador e de parentes. A Justiça ainda determinou o sequestro de bens e valores dos envolvidos no valor de R$ 54 milhões. Eles são acusados de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
Na ação, a Polícia Federal apreendeu R$ 100 mil em espécie na casa do governador, R$ 14 mil com Paulo Dantas em um hotel em São Paulo e R$ 150 mil na casa de um cunhado.
Afastamento do cargo
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou Dantas do cargo por 180 dias e ainda determinou que ele e os demais investigados, que não tiveram os nomes divulgados, não mantenham contato entre si e não frequentem os órgãos públicos citados na apuração.
A operação
A operação, batizada de Edema, investiga supostos desvios de recursos públicos desde 2019. Segundo as investigações, foram desviados R$ 54 milhões da Assembleia Legislativa e os principais beneficiários eram o governador e sua esposa, a prefeita da cidade de Batalha, Marina Thereza Dantas. A irmã de Paulo Dantas também está entre as investigadas.
Pai acusou o filho
Em um vídeo divulgado, no dia 23 de setembro deste ano, no horário eleitoral do candidato a governador Rodrigo Cunha (União Brasil), o ex-deputado estadual Luiz Dantas (MDB), pai de Paulo Dantas, o acusou de corrupção.
Luiz Dantas, que também foi secretário estadual da Fazenda e deputado federal, contou que o filho estava envolvido no escândalo em que usaram a chancela da presidência da Assembleia Legislativa, que ele exercia, para incluir nomes de muitas pessoas na folha de pagamento.
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