O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quinta-feira, 13, que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, vai disputar o governo de São Paulo neste ano. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que, se o ministro for eleito, fará um trabalho “semelhante” ao seu.
“Eu vou responder essa aí porque o Tarcísio não pode responder, não. Eu conversei com o Tarcísio e ele topou ser pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo”, afirmou Bolsonaro, em resposta a uma pergunta feita ao ministro durante a live.
Ao lado de Tarcísio, Bolsonaro aproveitou para fazer campanha do auxiliar, que tem convites tanto para se filiar ao PL — partido do presidente — como ao Progressistas. “No nosso governo, tem feito um trabalho que é reconhecido por todos. É um tocador de obras, é um empreendedor e sabe realmente dos problemas do Brasil todo”, disse o presidente.
Bolsonaro destacou que Tarcísio se formou, como ele, na Academia Militar das Agulhas Negras e trabalhou na Comissão de Transportes da Câmara, quando foi deputado. “Logicamente, ele não vai saber com profundidade, com particularidade, certos problemas do Estado de São Paulo, assim como eu não sei do Brasil. Agora, o Tarcísio pode, sim, ser uma esperança para SP”, afirmou.
Ao dizer que foi pressionado no começo de seu governo para preencher a Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro sugeriu que Tarcísio seguisse seu exemplo. Segundo o presidente, ele não cedeu às pressões políticas, apesar de ter entregado a Casa Civil ao senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) e a Secretaria de Governo à deputada Flávia Arruda (PL-DF), ambos do Centrão. Quando confirmou a indicação de Nogueira ao cargo, no ano passado, o presidente chegou a dizer que a Casa Civil era a “alma do governo”.
“Pode ter certeza, ele [Tarcísio] ganhando as eleições, porventura, vai fazer um trabalho semelhante ao meu, a começar pela escolha do seu secretariado, que tem que ser tecnicamente escolhido”, disse Bolsonaro.
Durante a live, ao falar de eleições, o chefe do Executivo também afirmou que, quando sair do governo, vai entrar outro presidente com o mesmo perfil. “Pretendo não ficar a minha vida toda por aqui, não”, declarou.
No último sábado, Bolsonaro admitiu que até 12 ministros devem deixar o governo nos próximos meses para concorrer a cargos públicos nas eleições deste ano. O prazo para a desincompatibilização dos ministros vai até abril.
“Gostaria que eles saíssem somente um dia antes do limite máximo, para não termos qualquer problema. Já começamos a pensar em nomes para substituí-los, e alguns já estão mais que certa. A maioria será por escolha interna, até mesmo porque seria um mandato tampão até o fim do ano”, disse o presidente, em entrevista após churrasco de aniversário do advogado-geral da União, Bruno Bianco, no Lago Sul, em Brasília.
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