Apesar de ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro um bom tempo na tarde de segunda-feira, quando ele voltou ao Planalto depois da internação em São Paulo, o general da reserva Luiz Eduardo Ramos disse não fazia a menor ideia de que seria demitido da Casa Civil dois dias depois. “Eu não sabia, estou em choque. Fui atropelado por um trem, mas passo bem”, disse ele ao Estadão.
Segundo Ramos, que é considerado um dos mais leais colaboradores e amigos de Bolsonaro, o presidente já comunicou a ele a sua substituição pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), nesta quarta-feira, 21, mas não confirmou nada sobre sua eventual ida para a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar do ministro Onyx Lorenzoni, como a imprensa noticia.
“O presidente é ele, eu sou soldado, cumpro missão. Aprendi, em 47 anos de vida militar, que soldado não escolhe missão. Se ele me der outra no governo, eu aceito”, antecipou o general.
Só uma coisa Ramos comentou que não admite: que façam “fofoca” ou publiquem que ele está caindo por incompetência ou por ter inimigos e sofrer pressões no Congresso. “isso, não. Eu estava, aliás, ainda estou muito feliz na Casa Civil e dei o melhor de mim. Tanto que estou recebendo telefonemas de parlamentares de vários partidos, em solidariedade”, disse o general.
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