O governador Wellington Dias (PT) não vê provas concretas que possibilitem um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A afirmação foi feita durante entrevista à Revista Veja, cujo o governador do Piauí foi destaque na edição desta semana.
Ao ser questionado se acredita que defender o impeachment de Bolsonaro é a estratégia correta, Wellington disse que o instrumento do impeachment não pode ser banalizado e que deve ser respeitada a vontade popular.

“Compreendo que a democracia prevê a figura do afastamento de um presidente da República, mas não podemos banalizar o instrumento do impeachment. Ou existe uma prova muito concreta, robusta, ou temos de respeitar a soberania da vontade popular”, afirmou Wellington Dias.
“No caso de Bolsonaro, na minha opinião, ainda não há uma comprovação que permita o impeachment. Não duvido que venha a surgir. Se tiver desvios, especialmente nesse caso da Covaxin, aí muda tudo. Se o remédio necessário for o impeachment, vamos usar. Mas não podemos levar o país a aventuras”, continuou Wellington.
Quase foi vice-presidente
Na entrevista o petista também lembrou que em 2010 defendeu uma chapa com Aécio Neves (PSDB). Na ocasião, o nome de Wellington Dias estava sendo cogitado para disputar o cargo de vice-presidente da República. O piauiense brincou que Aécio perdeu a oportunidade de ser presidente e lhe tirou a possibilidade de ser vice.
“Na época teve aquela dobradinha em Minas Gerais, de Lula e Aécio, o Lulécio. Esse diálogo foi aberto pela boa relação dele com o Lula, pela possibilidade de ele se filiar a um partido da nossa base e como um líder destacado, citado para ser candidato a presidente pelo campo político apoiado pelo Lula. Eu estava no segundo mandato de governador e meu nome era lembrado como alternativa para vice. Hoje eu brinco que ele perdeu a chance de ser presidente e ainda tirou a minha de ser vice”, finalizou Dias.
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