O Brasil iniciou negociações com a China para a produção de uma nova vacina contra a covid-19. Na última sexta-feira, 7, durante encontro virtual, por videoconferência, de ministros do governo Jair Bolsonaro com o embaixador do país asiático, Yang Wanming, houve avanços nas tratativas para a alternativa de mais um imunizante para o País, segundo fontes que participaram das discussões.
A próxima aposta no combate à pandemia é a CanSino Biologics, que já foi aprovada na própria China, no Paquistão, no Chile, na Hungria e no México. Há um mês, a fabricante afirmou que, apesar das semelhanças com imunizantes da AstraZeneca/Oxford e da Johnson & Johnson, o rastreamento do seu produto não identificou nenhum caso de coágulo sanguíneo nas pessoas que o receberam.
A CanSinoBIO também é conhecida como Convidecia e usa o adenovírus tipo 5 como vetor para fornecer “instruções” para as células humanas produzirem uma parte do SARS-CoV-2. É ele que está “programado” para fazer o sistema imunológico reconhecer e atacar em caso de contaminação por coronavírus. “Estamos estudando isso com os chineses, que têm uma grande expertise e são parceiros importantes do Brasil na agenda econômica, e também na agenda da Saúde”, confirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao Estadão/Broadcast.
Diretamente com a China, o Brasil tem parceria atualmente com a Coronavac, numa negociação liderada pelo governador do Estado de São Paulo, João Doria. No Brasil, a Coronavac, da farmacêutica Sinovac, é produzida em parceria com o Instituto Butantan. Seu diretor, Dimas Covas, e a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, também estiveram presentes no encontro de sexta-feira.
De acordo com dados atualizados pelo Butantan até o último dia 7, em janeiro, foram entregues ao Programa Nacional de Imunização (PNI) 8,7 milhões de doses da vacina; em fevereiro, 4,8 milhões; em março, foram 22,7 milhões; em abril, 5,8 milhões. Em maio, até o momento, foram 1 milhão de doses enviadas. Ontem foi anunciado que mais dois milhões de doses da vacina Coronavac estavam disponíveis para o PNI. No total, já são 45,1 milhões de unidades.
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