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Política

Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado Federal

Eleição aconteceu na tarde desta segunda-feira (01).

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de 44 anos, foi eleito nesta segunda-feira, 1º, o novo presidente da Casa pelos próximos dois anos. Um dos mais jovens senadores a assumir o comando do Congresso, ele teve 57 votos, contra 21 da candidata Simone Tebet (MDB-MS), que foi abandonada pelo próprio partido na disputa. Pacheco foi apoiado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Com formação em Direito, Pacheco prometeu agir com independência em relação ao Planalto e fez um discurso de pacificação. Nos bastidores, a vitória era dada como certa antes mesmo da votação sigilosa. Católico, ele está no primeiro mandato como senador e presidirá o Senado até fevereiro de 2023.


Foto: Reprodução/FacebookRodrigo Pacheco
Rodrigo Pacheco

“Em cédula de papel, o Senado Federal elegeu o Senador Rodrigo Pacheco (57 votos de 81 possíveis) para presidir a Casa no biênio 2021/22”, escreveu Bolsonaro em suas redes sociais, logo após a divulgação do resultado.

Nas disputas seis disputas pela presidência do Senado, travadas ao longo dos últimos dez anos, Pacheco teve o terceiro melhor desempenho: ficou atrás apenas de José Sarney (MDB-AP e Eunício Oliveira (MDB-CE), que conquistaram respectivamente 70 e 61 votos para chefiar o Senado em 2011 e 2017.

Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho (RO), mas se elegeu por Minas Gerais, onde a família é dona de empresas de transporte rodoviário. Em dezembro de 2020, emplacou um assessor de seu gabinete como diretor da Agência Nacional de Transportes (ANTT) — órgão que tem como atribuição regular empresas de sua família.

A votação pelo comando do Senado e da Câmara marca a disputa política mais importante do ano, que vai definir a agenda legislativa do País pelos próximos dois anos, influenciar a votação de reformas do governo, preparar o terreno da corrida eleitoral de 2022 e redesenhar as relações do Congresso com o governo Bolsonaro e o Supremo. Também cabe ao presidente do Senado decidir sobre pedidos de impeachment contra ministros do STF e articular nomeações para agências reguladoras – e integrantes do próprio Supremo.

“Que tenhamos paz para trabalhar pelo Brasil, para fazer as propostas necessárias para todos que esperam de nós respostas imediatas. Não podemos nos render ao discurso fácil, politicamente correto, que ganha aplausos fáceis nas mídias sociais e nos aeroportos”, discursou Pacheco antes da votação. Apesar da atuação do Planalto, o senador prometeu assegurar, “Com toda força do meu ser”, a independência do Senado e afirmou que não será “subserviente” a outros poderes.

Pacheco contou com o apoio do PT, da Rede Sustentabilidade e PDT, partidos que têm sido os responsáveis pelas principais ações que levaram o Supremo a impor derrotas e enquadrar o governo do presidente da República. Segundo as legendas, o apoio a Pacheco se deve ao compromisso do senador de não se render aos arroubos autoritários do governo e examinar alternativas de socorro social aos mais necessitados, o que lhe garantiu o apoio da maioria dos senadores.

Em discurso no plenário, Pacheco voltou a falar do auxílio emergencial, pago a trabalhadores informais e desempregados em 2020. Há pressão para renovação do benefício neste ano, em função do avanço da covid-19 e do atraso na vacinação. O senador afirmou que, “a despeito do teto de gastos”, que limita o crescimento das despesas federais, é preciso reconhecer o “estado de necessidade” no País.

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