A revista Veja publicou nesta sexta-feira (29) denúncia contra o ex-presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que está sendo acusado de ter recebido R$ 2 milhões em um esquema de “rachadinha” em seu gabinete.
De acordo com a reportagem, pessoas de confiança do senador recolhiam parte da remuneração de seis funcionárias fantasmas, contratadas como assessoras, que à época ganhavam entre R$ 4 mil e R$ 14 mil reais, e também entregavam ao parlamentar benefícios e verbas rescisórias que recebiam por direito.
O esquema teria funcionado de janeiro de 2016 até março deste ano. Para repassar parte dos seus salários, as funcionárias precisaram abrir uma conta bancária e entregaram o cartão com senha para pessoas de confiança do senador, ficando somente com uma pequena “gratificação”, que em alguns casos não chegava nem a 10% do salário, segundo a Veja.
As mulheres que aceitaram fazer parte do esquema eram todas moradoras de regiões periféricas do Distrito Federal, que não tinham ensino superior completo, nem experiência de trabalho em órgãos como o Senado Federal. Elas disseram à Veja que passavam por dificuldades financeiras e estavam desempregadas.
O que diz o senador
Procurado pela Veja, Davi Alcolumbre afirmou que sempre se concentrou nas atividades legislativas e que questões administrativas, como admissão de funcionários, ficavam sob responsabilidade do chefe de gabinete à época, Paulo Bouden, que foi exonerado em 2020. O senador disse ainda que não se lembra das ex-assessoras mencionadas na reportagem.
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