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Política

Governo do Piauí culpa política da Petrobras por alta nos combustíveis

Em entrevista, Emílio Júnior, destacou que o Governo do Estado não aumenta o valor do ICMS desde 2017.

O superintendente do Tesouro Estadual, Emílio Júnior, participou na manhã desta quinta-feira (14) de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para tratar sobre a tributação dos combustíveis no Piauí. Em entrevista à imprensa, Emílio Júnior, destacou que o Governo do Estado não aumenta o valor do ICMS desde 2017 e que é a política de preços da Petrobras que faz com que o preço dos combustíveis aumente de forma exorbitante.

“Você está falando da gasolina, mas todos os produtos estão tendo aumento, está tendo aumento no gás de cozinha, no etanol, do diesel e na gasolina. O Estado não mexe desde 2017 em nenhuma alíquota desses tributos. A gasolina, tudo bem, ela é 31%, o álcool é 22%, mas o diesel e o gás de cozinha é 18%, então você vê que tem uma alíquota menor e nem por isso o gás de cozinha está deixando de aumentar e muito, que é o que bate ainda mais lá na ponta”, declarou Emílio Júnior.


Foto: GP1Emílio Júnior, superintendente do Tesouro Estadual
Emílio Júnior, superintendente do Tesouro Estadual

Política de preços da Petrobras

Emílio culpou a política de preços da Petrobras, que hoje está atrelada ao preço do dólar, ao aumento do valor dos combustíveis nas bombas dos postos. “O que está acontecendo nessa política atual é que a Petrobras resolveu, desde 2017, adotar a política de preços dos combustíveis voltada para a questão do barril do petróleo e também tem a atrelação com o preço do dólar”, seguiu o superintendente.

Cotação do dólar

Na apresentação de Emílio, o superintendente destacou que desde o ano de 2019 o valor do barril de petróleo aumentou 34% e o valor do dólar aumentou 51%.

“Como você segura um preço dessa forma? Se você atrela ao preço que vai lá para ponta, esses dois indexadores, então isso é ruim. É ruim para o consumidor, é ruim para todos nós, porque aquilo que nós compramos é mais faturamento para eles, e o faturamento em si, nem sempre todos os custos da Petrobras é colocado em dólar, ele é vinculado ao barril, quando a gente faz uma composição do preço de custo em uma indústria, às vezes o insumo representa ali 30% do preço global, então eu não posso simplesmente por causa desses 30% fazer um aumento para bancar isso”, continuou o superintendente do Tesouro.

Solução

Emílio afirmou que a medida mais importante para solucionar o problema seria fazer uma reforma tributária. Ele sugeriu ainda que a Petrobras faça um “fundo de equalização dos preços para em determinado momento, quando o preço fosse cair, a própria Petrobras poderia segurar um fundo para que na hora que tivesse que aumentar ela seguraria isso por um determinado momento”.

“O que está acontecendo e estressando a população é, além do aumento, a forma do aumento, porque você não tem mais aquela segurança, você está voltando aquela questão da insegurança. Você está em casa e sai de casa para abastecer o carro porque já vai aumentar amanhã 7%, e os aumentos muito grandes”, finalizou Emílio.

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