O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, apesar da pressão para a saída do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, ele permanecerá à frente da pasta. “O Ministério da Saúde precisa muito mais de um gestor do que de um médico”, afirmou, durante transmissão semanal ao vivo.
Segundo Bolsonaro, além de Pazuello, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alvo de críticas pela condução da gestão ambiental na Amazônia, está fazendo um “excepcional trabalho” e também permanecerá no cargo, a menos que queira sair. Bolsonaro disse que ministro Salles “faz o possível” para conter o desmatamento.
Sobre o desmatamento e as queimadas, ele afirmou: “pelo tamanho da região amazônica, é difícil conter tudo isso daí”. O presidente negou que Salles tenha desmontado a máquina de fiscalização. Sobre o áudio da reunião ministerial divulgado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente declarou que o ministro, ao dizer que é necessário “passar a boiada”, se referia a “desregulamentar muita coisa” do setor agropecuário e não a permissão para que se cometam crimes.
“Vocês estão com saudades dos ministros da Saúde de Fernando Henrique Cardoso, Dilma e Lula?”, questionou durante transmissão ao vivo. Segundo Bolsonaro, a criação do Ministério da Defesa no governo FHC foi por imposição política. O presidente defendeu a atuação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e dos ministros militares, que fazem parte da reserva das Forças Armadas. Bolsonaro afirmou também não ser proibido que militares assumam funções do Executivo. “Essa história de desmilitarização, não”, afirmou. “Militares estão bem avaliados como ministros”.
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