O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não deve comparecer hoje ao encontro no Palácio do Planalto. O deputado disse que a agenda da Casa deve ser extensa e cobrou uma pauta “não apenas para fotografia”. “O presidente nos convida para conversar, queremos organizar a pauta, saber qual é e com isso poder avançar no diálogo objetivo que construa soluções para os brasileiros. Não apenas uma pauta para fotografia”, afirmou o deputado. Ele disse ainda que o importante é que na primeira reunião que possa acontecer, “seja amanhã ou depois da amanhã”, é sair dela com pontos organizados, soluções e articulação.
Questionado se iria se encontrar com o presidente da República Jair Bolsonaro nesta quarta-feira, Maia disse que a agenda do parlamento seria intensa com a votação de uma medida provisória e também do decreto de estado de "calamidade pública" no País. “Eu preciso votar as matérias. Minha agenda hoje vai ser extensa, tem acordo com líderes, o tema merece que todos possam falar, então não vai ser uma sessão que deve terminar cedo. Acho que, mais importante que uma reunião hoje, é aprovar aquilo que é urgente”, disse.
Ele minimizou um problema de relacionamento com Bolsonaro. “Não fico preocupado com coisas secundárias e temas que não estejam relacionados diretamente com o enfrentamento da crise. Então, eu posso encontrar com o presidente no Palácio, na Câmara, no Senado, no Supremo Tribunal Federal ou em outro ambiente”, disse. “Em qualquer ambiente a gente pode se encontrar com uma pauta definida. Nesse momento, o nosso tempo tem de ser focado numa pauta definida”, reiterou.
Maia, no entanto, elogiou a coletiva concedida pelos membros do primeiro escalão, para tratar da crise do coronavírus. “Hoje eu vi uma foto de um governo tentando organizar o enfrentamento da crise, acho que hoje talvez pela primeira tenha visto uma foto, onde a sociedade fala ‘agora sim começaram a se preocupar com a vida das pessoas’. Essa deve ser a preocupação de todos nós, em todos os poderes: cuidar para que tenhamos um número menor de perda de vidas no enfrentamento da crise, disse. “Estamos um pouco atrasados para o necessário ao enfrentamento, mas ainda dá tempo”, afirmou.
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