O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta quinta-feira, 5, ao cargo de procurador-geral da República o subprocurador Augusto Aras. O nome ainda precisa ser aprovado pelo Senado. Segundo o Estado apurou, os dois conversaram por telefone no início da tarde de hoje.
Aras substituirá Raquel Dodge no cargo. O mandato dela acaba no dia 17 de setembro. Como o prazo para a tramitação no Senado é curto, o mais provável é que haja um período de transição entre Dodge e o novo indicado.
A condução interina da Procuradoria-Geral da República (PGR), nesse caso, pela lei, ficaria incumbida ao vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins, subprocurador-geral da República.
Nos últimos meses, Aras se reuniu com Bolsonaro ao menos cinco vezes, fora da agenda do presidente.
Ao Broadcast/Estadão, em agosto, o ministro da Secretaria-geral, Jorge Oliveira, disse que houve alguns procuradores que se apresentaram como candidatos ao presidente sem concorrer a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), e o que teve a “maior projeção” foi o Aras.
Em entrevista ao Estado, Aras defendeu uma “disruptura” no Ministério Público para a instituição “retomar os trilhos” da Constituição e superar o aparelhamento em seus órgãos.
O nome de Aras também foi defendido por um amigo e aliado de longa data do presidente, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM–DF), que acompanhou as conversas que ocorreram entre os dois nas últimas semanas.
Bolsonaro, ao indicá-lo, quebra uma tradição de 16 anos segundo a qual o procurador-geral é escolhido a partir de lista tríplice da ANPR, formulada em votação entre procuradores. A previsão de escolher um nome na lista, porém, não consta na lei.
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Aliado de Bolsonaro diz que há ‘indícios’ de que PGR será Augusto Aras
Bolsonaro diz que PGR é como 'dama' em jogo de xadrez
'Vai ser uma indicação minha', diz Jair Bolsonaro sobre PGR
Ver todos os comentários | 0 |