Em entrevista à Rádio CBN, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a escolha do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) como relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de reforma da Previdência foi "o primeiro passo em direção à reforma" e que trabalhará pessoalmente, como deputado, e não como presidente da Câmara", para a aprovação da reforma.
De acordo com Maia, a matéria da Previdência é importante porque "ou a aprovação levará o Brasil ao crescimento, ou a reprovação nos levará para um caminho de recessão profunda". O presidente da Câmara também aproveitou a entrevista para elogiar o ministro da Economia, Paulo Guedes, que, de acordo com ele, "tem sido uma pessoa com bom diálogo com a Câmara".
- Foto: Lucas Dias/GP1Rodrigo Maia
No entanto, Maia demonstrou preocupação com o andamento da matéria porque "a base do governo ainda está desorganizada", prometendo que conversará com os parlamentares com quem possui boa relação para avançar no debate mais técnico e profundo do texto para que "até o meio do ano ou início do segundo semestre" a reforma seja definida.
Perguntado sobre a declaração de líderes partidários da Câmara que assinaram documento se comprometendo a retirar do texto da Previdência as alterações no benefício de prestação continuada, Maia afirmou que "esse ponto não gera nenhum tipo de problema econômico em relação à expectativa do governo com a economia" prevista com a reforma.
No início da entrevista, Maia afirmou que preferia não comentar suas declarações no final da tarde desta quarta-feira, 27, quando disse que o presidente Jair Bolsonarodeveria "parar de brincar de governar", dizendo que este assunto já foi superado e, para demonstrar que "temos que perder energia com coisas secundárias", convidou Guedes para almoçar e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para um café da manhã em sua residência.
Ao final da conversa, Maia foi perguntado sobre a declaração de Bolsonaro em sua Live semanal nas redes sociais na qual afirmou que, retornando de sua viagem a Israel, vai "filar uma boia" na residência oficial do presidente da Câmara, mas desconversou e falou que seus atritos com Moro foram superados.
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