Um dos presos pela Operação Lava Jato, na manhã desta quinta-feira (21), o ex-ministro Minas e Energia Moreira Franco, é natural de Teresina. O político nasceu na capital piauiense em 1944, mas mudou-se para o Rio de Janeiro e formou-se em sociologia na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ).
Wellington Moreira Franco é filiado ao MDB. Foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e, posteriormente, ministro de Minas e Energia no governo Michel Temer. Após ter sua nomeação suspensa três vezes, uma por liminar do juiz Eduardo Rocha Penteado, outra pela juíza Regina Coeli Formisano e pela Justiça Federal do Amapá, teve sua nomeação aprovada com a exigência da não elegibilidade ao foro privilegiado. Isto tudo se deve à possível participação de Moreira Franco em esquemas de corrupção delatados por Cláudio Melo Filho na Lava-Jato.
- Foto: Lucas Dias/GP1Ministro Moreira Franco
Foi nomeado, no início da gestão Dilma-Temer, para a hoje extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos e, posteriormente, a pedido do então vice-presidente, nomeado ministro da Aviação Civil. Considerado um dos melhores amigos de Michel Temer, sua demissão, por Dilma, no último dia do primeiro mandato da petista foi um dos motivos de insatisfação apontados pelo próprio Temer, em carta enviada à presidente, para o rompimento do vice e do PMDB com a petista.
Após o impeachement de Dilma, foi nomeado por Temer responsável pelo setor de privatizações e parcerias do governo com os interesses privados, assumindo a Secretaria Executiva do Programa de Parceria de Investimentos. Responsável pelos leilões de aeroportos para consórcios privados, Moreira Franco é investigado na Operação Lava Jato, entre outros motivos, por mensagens trocadas com o então presidente da empreiteira Andrade Gutierrez à época das privatizações.
Prisão
O ex-ministro e o ex-presidente Michel Temer foram presos nesta quinta-feira, 21, pela Operação Lava Jato do Rio. A ordem de prisão é do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.
A ação de hoje é decorrente da Operação Radioatividade, investigação que apurou crimes de formação de cartel e prévio ajustamento de licitações, além do pagamento de propina a empregados da Eletronuclear. Após decisão do Supremo Tribunal Federal, o caso foi desmembrado e remetido à Justiça Federal do Rio de Janeiro.
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