O Grupo Carvalho enviou, na tarde desta sexta-feira (22), nota de esclarecimento acerca do seu envolvimento na investigação contra a empresa JBS, do empresário Joesley Batista, e o senador Ciro Nogueira (Progressistas), que foi alvo de operação Compensação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã.
Em nota, o grupo afirma que a empresa JBS é sua fornecedora há mais de 20 anos e que todos os pagamentos realizados foram e são feitos em decorrência de fornecimento de mercadorias.
Segundo o Grupo Carvalho, todos os esclarecimentos já foram prestados aos órgãos competentes e que permanece à disposição para colaborar com as investigações.
Confira abaixo a nota na íntegra:
O Grupo Carvalho vem através deste esclarecer sobre as informações veiculadas na manhã de hoje, que cita esta rede de supermercados na investigação que envolve a empresa JBS e o Senador Ciro Nogueira:
Esclarecemos:
1. Que a empresa JBS é fornecedora do Grupo Carvalho há mais de 20 anos.
2. Que todos os pagamentos realizados foram e são feitos em decorrência de fornecimento de mercadorias.
3. Que todas as mercadorias são acompanhadas de suas respectivas notas fiscais
4. Que o Grupo já prestou todos os esclarecimentos aos órgãos competentes.
5. Que o Grupo Carvalho permanece a disposição para colaborar com as investigações.
Grupo Carvalho
Entenda o caso
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (22), operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas.
A operação, batizada de "Compensação", foi autorizada pela ministra Rosa Weber e é decorrente de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga o senador.
O inquérito é baseado nas delações premiadas firmadas em 2017 com Joesley Batista, Wesley Batista, Ricardo Saud, Francisco de Assis e Silva, Florisvaldo Caetano de Oliveira, Valdir Aparecido Boni e Demílton Antônio de Castro.
Na delação, Ricardo Saud, ex-executivo da JB, informou que na eleição de 2014, o senador pediu que a maior parte dos pagamentos fosse feito por meio de doações eleitorais oficiais ao Diretório Nacional do PP, mas que aproximadamente R$ 2.879.909,45 milhões foram pagos em espécie por meio do Comercial Carvalho, onde foi passado a alguém a mando de Ciro Nogueira no Piauí.
“A modalidade de pagamento de propina ao PP foi em simulação de doações oficiais e uma parte menor em dinheiro, não havendo pagamentos por meio de notas fiscais frias de serviços não prestado, como ocorreu com a compra de outros partidos”, afirmou Raquel Dodge no pedido.
Documentos apreendidos constam referências a esses pagamentos. No documento “Empresa Doadora” aparece o nome "Coml. Carvalho" com o valor de R$ 6 milhões, e desse valor consta na planilha da J&F que ele foi distribuído da seguinte forma: “PP- Ciro = 5.000.000,00” e “Dep. M. Castro = 1.000.000,00”.
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