Circula nas redes sociais um vídeo de um sindicalista fazendo o que essa turma mais sabe fazer, que é criticar sem olhar pro próprio rabo. Luiz Antônio de Medeiros Neto aparece no vídeo criticando uma parte infeliz da fala do presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia, que se embaralhou nas palavras ao dizer que o brasileiro deve trabalhar até os 80 anos.
Sabemos que não é essa a proposta do governo federal e sabemos mais ainda do rombo na Previdência, que apenas a aposentadoria de militares e servidores públicos neste ano deve ultrapassar o déficit de R$ 90 bilhões.
No vídeo Luiz Antônio de Medeiros Neto quer desqualificar a importância da reforma, que vai cortar na carne dos servidores públicos de alto escalão beneficiados com todas as regalias. Juízes, deputados e até das filhas solteiras de militares que ainda hoje se aproveitam da época em que era normal herdar o aposento do pai. O próprio Rodrigo Maia vai perder benefícios com a aprovação da reforma.
Nas imagens Luiz Antônio critica a aposentadoria da sogra de Maia, Clara Maria de Vasconcelos Torres Moreira Franco, que conseguiu o benefício no auge dos 41 anos. Ora, ora; o sindicalista só esqueceu que dizer que ele próprio se beneficiou com o sistema, já que se aposentou como deputado federal pelo curtíssimo tempo que passou no legislativo, entre 1999 e 2002.
Dados
Enquanto o aposentado do executivo no setor público recebe em média R$ 9 mil e do legislativo R$ 28 mil, a aposentadoria dos funcionários da iniciativa privada é em média de R$ 1.600. Tá achando ruim? Pois tem mais: a média da aposentadoria do Judiciário é de R$ 25 mil e do Ministério Público é acima de R$ 30 mil.
O setor público gasta R$ 115 bilhões com apenas 1 milhão de aposentados e no setor privado o valor chega a R$ 500 bilhões para 33 milhões de aposentados. A conta não fecha.
A atual Previdência serve, acima de tudo, como uma transferência de renda do setor produtivo para o setor não produtivo. Aquela casta que enrola, finge que trabalha e complica a vida de empresários, enforcados de impostos e dos empregados, que as vezes não entendem a necessidade da reforma para que a Previdência não entre em colapso e todos possam receber o benefício um dia.
Veja abaixo vídeo com o jornalista Ricardo Boechart, onde economistas criticam o atual sistema de previdência do setor público.
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