O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira, 19, que deseja vetar distribuição de R$ 2 bilhões do fundo eleitoral para campanhas políticas em 2020, proposta enviada pelo próprio Executivo e aprovada no Congresso Nacional.
"Em havendo brecha para vetar, eu vou fazer isso. não vejo, com todo respeito, como justo recursos para fazer campanha", disse o presidente. “Tendência é vetar sim”, reforçou Bolsonaro na sequência, em frente ao Palácio da Alvorada.
A medida já havia sido indicada pelo presidente na quarta, quando provocou seus apoiadores a dizerem se ele deveria vetar ou não o valor. Na ocasião, o presidente ouviu um sonoro apoio a impedir uso de recursos públicos na disputa municipal do próximo ano.
“O dinheiro vai para quem? Manter no poder quem já está. Dificilmente vai para um jovem candidato”, declarou o presidente hoje. “Não é maldade minha contra o parlamento. Eu respeito o Parlamento. Fiquei 28 anos lá dentro”, afirmou.
O presidente disse que só enviou a proposta de fundo de R$ 2 bilhões ao Congresso, que agora ele deseja vetar, para seguir a legislação. "Agora, a peça Orçamentária chegando, eu tenho poder de veto", justificou.
A negociação sobre o fundo eleitoral desgastou a articulação política do Planalto. O Congresso Nacional chegou a articular aumento para R$ 3,8 bilhões do fundo, ouviu do governo que até R$ 2,5 bilhões seriam aceitos, mas recuou e aprovou a proposta original, de R$ 2 bilhões. Ontem, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) disse esperar que Bolsonaro sancione o valor.
O presidente Bolsonaro disse que defende "zero" reais público para campanhas eleitorais. "Já vejo pessoal dizendo que quem vai ter campanha cara, não vai votar nele", disse.
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