"A Câmara não vai criar um novo CPMF", afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quinta-feira, 19, em café com jornalistas na residência oficial da Câmara. "Imposto sobre movimentação financeira ou o nome que você queira dar, a resposta é não", enfatizou.
Segundo ele, a Câmara será contra a criação de qualquer novo imposto. "As pessoas estressam muito com temas que são de responsabilidade do Parlamento. O Parlamento que cria ou não cria a CPMF. E não vai criar a CPMF", insistiu.
Confrontado com a possibilidade de o governo insistir na criação de uma nova CPMF para compensar a desoneração da folha, Maia destacou que a carga da mão de obra no resto do mundo é mais baixa que no Brasil e não tem CPMF. "Qual país razoavelmente organizado, estrutura seu sistema tributário com CPMF?", questionou.
"Estamos convencidos de que não há espaço para isso", respondeu também sobre a ideia levantada pelo governo sobre um imposto sobre transações digitais, taxação que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse estar avaliando. Mais cedo, Jair Bolsonaro também disse que "todas as cartas estão na mesa".
O presidente da Câmara avaliou ainda que a economia brasileira poderia ter crescimento mais, não fossem declarações dadas pelo presidente e pessoas próximas a ele sobre o AI-5 e as queimadas na região amazônica. "A economia ia crescer mais. Não cresceu culpa dessas declarações (AI-5 e queimadas). Essas declarações atrasam entradas (investimentos)", afirmou.
"Discurso atrapalha o Brasil, mas atrapalha o governo do próprio presidente", acrescentou. Maia disse que, para o País ter crescimento maior, precisa de poupança externa.
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