O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), defendeu nesta quarta-feira, 27, que as polícias militares e civis tenham, por parte dos governos, garantias de que não serão punidos no exercício do dever. Witzel discursou para uma plateia de delegados e policiais federais e civis no II Fórum Nacional da Inteligência Aplicada para o Combate à Criminalidade, em São Paulo.
Este mês a gestão Jair Bolsonaro enviou ao Congresso projeto de lei que prevê eliminar ou abrandar a punição de policiais ou militares em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) - proposta chamada de excludente de ilicitude. A ideia, segundo o governo federal, é ter essa garantia para agentes que ajam em legítima defesa.
"No meu Estado, dou esta garantia (de dar maior autonomia) aos policiais", disse Witzel, para quem esta decisão de maior autonomia das polícias tem de ser um projeto de Estado e não apenas de governo. O governador ainda destacou resultados de dez meses de gestão no Rio, como o menor número de homicídios para o período desde 1991.
"A maior liberdade de ação das polícias está dando resultado em todo o País", acrescentou. Por outro lado, a letalidade da polícia fluminense bateu recorde na série histórica, que se iniciou em 1998. De janeiro a outubro deste ano, 1.546 civis foram mortos em confrontos com as polícias. Já é maior do que os 1.534 óbitos registrados em 2018, que era o recorde até então.
Witzel defende o confronto com criminosos e advoga a ação de atiradores de elite. Em entrevista ao Estado antes da posse, afirmou que esses snipers atirariam “na cabecinha” dos bandidos.
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