O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, determinou a abertura de um inquérito para investigar a suposta compra de apoio político para a eleição de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara dos Deputados. Os supostos repasses, de R$ 30 milhões teriam sido autorizados pelo executivo Joesley Batista, do grupo J&F.
O caso ficou parado na Procuradoria-Geral da República por mais de um ano, o que levou Fachin a questionar a então procuradora-geral da República Raquel Dodge sobre o andamento da apuração, conforme revelou o Estado em setembro. O pedido de abertura de investigação foi formulado em outubro pela equipe do sucessor de Raquel, Augusto Aras.
O inquérito foi instaurado com base na delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo J&F Ricardo Saud. Segundo Saud, Cunha teria pedido ajuda do grupo J&F para conseguir comandar a Câmara dos Deputados. Joesley Batista teria ficado por viabilizar o apoio com os recursos financeiros, enquanto Saud ficaria responsável pela articulação com as bancadas de Minas e Rio e de certos líderes.
O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, determinou a abertura de um inquérito para investigar a suposta compra de apoio político para a eleição de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara dos Deputados. Os supostos repasses, de R$ 30 milhões teriam sido autorizados pelo executivo Joesley Batista, do grupo J&F.
O caso ficou parado na Procuradoria-Geral da República por mais de um ano, o que levou Fachin a questionar a então procuradora-geral da República Raquel Dodge sobre o andamento da apuração, conforme revelou o Estado em setembro. O pedido de abertura de investigação foi formulado em outubro pela equipe do sucessor de Raquel, Augusto Aras.
O inquérito foi instaurado com base na delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo J&F Ricardo Saud. Segundo Saud, Cunha teria pedido ajuda do grupo J&F para conseguir comandar a Câmara dos Deputados. Joesley Batista teria ficado por viabilizar o apoio com os recursos financeiros, enquanto Saud ficaria responsável pela articulação com as bancadas de Minas e Rio e de certos líderes.
O nome de Cunha – que foi deputado federal de 2003 a 2016 – era visto como a melhor opção para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff no início do segundo mandato da petista.
Segundo Saud, dos R$ 30 milhões solicitados por Eduardo Cunha e aprovados por Joesley Batista, R$ 13.823.307,09 foram direcionados para a bancada do PMDB de Minas Gerais, a pedido do próprio Eduardo Cunha.
Saud também relatou pagamentos da ordem de R$ 5,964 milhões com a emissão de notas fiscais “frias” de serviços simulados de escritórios de advocacia.
“Esse cenário probatório, ao menos tal qual delineado atualmente, aponta para a prática, pelos investigados, em concurso de pessoas, dos crimes de corrupção e de lavagem de capitais”, escreveu o subprocurador-geral da República, Bonifácio de Andrada, ao pedir a abertura de inquérito a Fachin.
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