O ex-prefeito de Campo Maior, Paulo Martins, denunciado na Operação Topique por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, lançou uma nota de esclarecimento, onde confirma que realizou procedimento licitatório para a contratação da empresa Locar, a qual prestou serviços junto ao município, com duração de um ano e meio.
Ele afirma ainda que, após o encerramento de seu mandato, não teve nenhum tipo de vínculo contratual com a referida empresa e que "cumpre a honrosa missão de servir à sociedade e está à disposição do Ministério Público e da Justiça para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos".
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Paulo Martins
Além dele, outros 21 investigados viraram réus na Justiça Federal no âmbito da Operação Topique.
Confira a nota na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Assumi o município de Campo Maior em 13/02/2011 onde exerci o cargo de Prefeito até 09/08/2012, data na qual foi anulada a eleição suplementar para a volta do prefeito itinerante. Na eleição seguinte fomos eleitos novamente e respondemos pelo município no período de 2013 a 2016. Encontramos uma máquina totalmente sucateada, salários atrasados, cidade abandonada e transporte escolar ineficiente. De início foi aberta uma licitação para contratar diversos serviços, inclusive no tocante à contratação de transporte escolar, cuja empresa vencedora (Locar) prestou serviços, cujos preços cobrados pela empresa eram inferiores aos praticados em Teresina (vide Pregão 001/2013/Semec).
O contrato durou cerca de um ano e meio, e foi cancelado logo após o fim da sua vigência. Tal serviço passou a ser prestado por pequenos empreendedores, selecionados através de licitação, e devidamente capacitados pelo Sebrae.
Tenho muita tranquilidade para afirmar que sempre conduzi meus atos de forma honesta e transparente, tanto é que minhas contas desse período, em que aconteceu o contrato, já foram aprovadas pelos órgãos de controle.
Após encerrar o mandato em 2016, seja como cidadão ou como gestor estadual, não mantive qualquer vínculo contratual com a referida empresa. Isso só aconteceu no pleito de 2018, quando houve a contratação de dois veículos, cujos pagamentos foram declarados na prestação de contas já entregues à Justiça Eleitoral, devidamente aprovadas.
Tenho consciência que o gestor público, assim como todo servidor, cumpre a honrosa missão de servir à sociedade, por isso nunca deixei de colaborar com os órgãos de fiscalização e controle. Assim, coloco-me à disposição do Ministério Público e da Justiça para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, inclusive, abro mão de meu sigilo bancário e fiscal e tenho fé que ao final se fará Justiça.
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