O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que irá provar a “absoluta legalidade e correção” de seus atos. Nesta terça-feira (17), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou a denúncia e o tornou réu por corrupção passiva e obstrução de justiça.
Os ministros Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e Alexandre de Morais, decidiram, por unanimidade, abrir o processo contra Aécio por corrupção e, por 4 votos a 1, abrir o processo por obstrução de justiça. No caso da denúncia por obstrução, o ministro Alexandre de Morais foi o único a votar contra.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoAécio Neves
Depois do julgamento, Aécio declarou que recebeu a denúncia com “absoluta tranquilidade”. "Agora eu terei a oportunidade que eu não tive aqui, de provar de forma clara e definitiva a absoluta correção dos meus atos. Vamos agora à fase mais relevante de todas: provar a mais absoluta legalidade e correção dos meus atos", disse.
Além de Aécio, também foram denunciados pela PGR a irmã dele, Andréa Neves da Cunha, o primo Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrela (MDB-MG), todos por corrupção. A primeira teria pedido o dinheiro a Joesley e os outros dois teriam recebido e guardado quatro parcelas de R$ 500 mil em espécie.
O senador tucano disse ainda que o pedido de dinheiro a Joesley era uma operação pessoal. “Não houve dinheiro público envolvido, ninguém foi lesado nessa operação. O que houve foi uma gravíssima ilegalidade, no momento em que esses empresários, réus confessos de inúmeros crimes, associados a membros do Ministério Público, o que é mais grave, tentam dar impressão de alguma ilegalidade em toda essa operação, repito, privada, para se verem livres dos inúmeros crimes que cometeram”, defendeu.
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