O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foi transferido de Salvador para Brasília, em um jatinho, pela Polícia Federal (PF), no início da tarde desta sexta-feira (08). O político embarcou no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, deixando a capital baiana, por volta das 13h20, com destino ao Distrito Federal.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoGeddel Vieira Lima
Geddel foi preso preventivamente (sem prazo determinado) no início da manhã desta sexta, por volta das 7h. A prisão foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, em uma nova fase da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal.
O ex-ministro, que já cumpria prisão domiciliar, foi preso três dias após a PF ter encontrado R$ 51 milhões em um bunker supostamente utilizado pelo peemedebista. O pedido de prisão foi apresentado pela PF e, posteriormente, acabou endossado pelo Ministério Público Federal (MPF).
O argumento dos investigadores para solicitar que o ex-ministro retorne para a cadeia é o eventual risco de "destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos".
Além disso, o juiz que pediu a prisão disse em documento que o exame pericial feito no valor encontrado no bunker identificou fragmentos de impressões digitais do ex-ministro.
Em nota, o advogado Gamil Föppel, responsável pela defesa de Geddel, afirmou que só vai se manifestar "quando, finalmente, lhe for franqueado acesso aos autos, especialmente aos documentos que são mencionados no decreto prisional".
"Pesa dizer que o direito de defesa e, especialmente, as prerrogativas da advocacia, conferidas por lei, sejam tão reiteradamente desrespeitadas, impedindo-se o acesso a elementos de prova, já documentados nos autos", escreveu o defensor no comunicado.
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