O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou nesta sexta-feira (22) os dois pedidos de habeas corpus dos irmãos Joesley e Wesley Batista, sócios da J&F. O ministro acabou negando os pedidos e eles vão continuar presos, informou o G1. Os advogados dos empresários alegaram nos dois pedidos de liberdade que as penas pelos crimes cometidos pelos acusados, em caso de condenação, são baixas como "o peso legal de um roubo de galinha". Eles queriam que eles cumprissem uma medida alternativa como o recolhimento domiciliar.
Na decisão o ministro afirmou que "a prisão preventiva foi adotada diante de um delito com pena que excede ao parâmetro legal em circunstâncias objetivas e subjetivas particularmente graves. Não está evidente que sua decretação é desproporcional”. Os empresários são acusados de usaram informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro entre abril e 17 maio de 2017, antes de ter sido divulgada a delação premiada.
Delação
O ministro já manifestou por diversas vezes que não é favorável ao processo de delação premiada realizada com os executivos da JBS. O ministro chegou a ser citado em uma conversa de quatro horas entre Joesley Batista, um dos donos da JBS, com Ricardo Saud, executivo do grupo. A conversa foi gravada e cita os ministros do STF, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
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